Conversa de Peixe

O peixe de hoje é o Labeo Negro ( Labeo chrysophekadion ), da família Cyprinidae, originário das bacias do Mekong e Chao Phraya. Chega a 90 cm, sendo o mais comum 50 cm. O aquário mínimo deve ser de 648 litros. São pacíficos quando juvenis, mas podem ser   agressivos quando adultos. O aquário deve ser bem comprido e com muitas plantas e refúgios, evitando demarcação de território. São intolerantes com outros labeos. Onívoros, basicamente herbívoros, se alimentam também de alimentos vivos. Ovíparos, sem cuidado parental. Foto: Augusto Urpia

O peixe de hoje pode chegar a custar R$ 300.000,00! O Aruanã Dourado ou Aruanã Crossback ( Scleropages jardiini e S. formosus ). Da família Osteoglossidae. São originários da Ásia e Oceania e os mais agressivo dos aruanãs. Chegam a 90 cm, sendo o mais comum 50 cm. O aquário mínimo deve ser de 600 litros, com tampas pesadas e para espécie determinadas, pois irá atacar peixes com cores chamativas, pequenos e lentos. Onívoro, poderá desprezar alimentação seca. Ovíparos, co mo os demais aruanãs, são incubadores bucais. Foto: Tretando Sites

O peixe de hoje é a Moreia de Fogo ( Mastacembelus erythrotaenia ), que não é uma moréia. Esse peixe asiático pode chegar a 150 cm e o aquário mínimo deve ser de 500 litros, com iluminação fraca, muitas tocas e densamente plantado. São peixes pacíficos, tímidos, onívoros, que passam grande parte do tempo enterrado e não devem ficar com peixes muito pequenos, pois irão se tornar comida. Ovíparo, a fêmea libera seus ovos na água e o macho os coleta com a nadadeira, fertiliza e depois espalha sobre musgos. Foto: AquaOrinoco

O Tetra Fantasma Negro ( Hyphessobrycon megalopterus ), originário da América do Sul, alto da Bacia do Paraguai e Bacia Guaporé, esse peixe chega a 3,6 cm, vive cerca de 5 anos e necessita de um aquário de no mínimo de 54 litros. Preferem aquários bem plantados e com troncos, onde suas cores surpreendem. Precisam de espaços abertos para natação e um cardume de no mínimo 10 indivíduos. São onívoros e como outros tetras não ocorre cuidado parental . Foto: Shrimp Dream

O post de hoje é sobre peixes que mudam de sexo. São mais de 500 espécies, com estratégias diferentes. Alguns nascem machos e se tornam fêmeas, outros o inverso, alguns ainda dependem da dominância dos machos, e outros ainda mudam de papel cerca de 20 vezes por dia. Dentre os que nascem fêmeas e viram machos, temos os Serranidaes (meros, garoupas e chernes), os Poecilideos (guppies, platys, espadas e molinésias), os que nascem machos e viram fêmeas (peixes palhaços), e os que nascem fêmeas e podem virar machos de acordo com a dominância, como bodiões e peixes papagaios. Também temos os que mudam de gênero várias vezes ao dia (Serranus tortugarum) e os que fazem autofecundação como o Kryptolebias ocellatus. Foto: Wikipedia

O peixe de hoje é paixão antiga. Anda sumido das lojas. Todas as vezes que encontrei comprei os que tinham, o belíssimo Acará Boca de Fogo ( Thorichthys meeki ). De águas mexicanas, chega a 12 cm, vive mais de 5 anos, necessita de aquário de no mínimo 100 litros, com fundo arenoso, muitas tocas e plantas. Não é muito agressivo, porém comerá peixes pequenos e se mostrará territorial como todos os ciclídeos na época de reprodução. Ovíparos, o macho é maior e possui a nadadeira dorsal e anal mais pontiaguda, além de ser mais colorido. Quando se enfrentam tendem a abrir os opérculos, como fazem os bettas. Vivem também em águas ligeiramente salobras. Fotos: epond.eu Pets Submersos

O Acará Peba, Severum (Heros efasciatus), que infelizmente faz mais sucesso nossa EUA do que no Brasil, onde é conhecido por Heros. Necessita de um aquário de no mínimo 200 l. Possui diversas variedades de cores. É uma das espécies utilizadas para a criação do híbrido do peixe papagaio. Chegam a 25 cm, sendo 20 cm o mais comum. Vivem cerca de 10 anos. São originários da bacia do rio Amazonas, afluentes dos rios Ucayali e Amazonas, no Peru, e rio Solimões e Amazonas. São pacíficos, porém territoriais quando adultos e comerão peixes pequenos. Apreciam um aquário bem plantado. São onívoros e aceitam bem ração. Machos são maiores, mais coloridos e com nadadeira mais pontiagudas. O casal se escolhe, são ovíparos e há cuidado parental. Foto: AquaOrinoco